A escritora brasileira ADÉLIA PRADO venceu hoje a 36ª edição do Prémio Camões, no seguimento da reunião do júri desta tarde, constituído por Clara Crabbé Rocha (Portugal), Isabel Cristina Mateus (Portugal), Francisco Noa (Moçambique), Cleber Ranieri Ribas de Almeida (Brasil), Deonísio da Silva (Brasil) e Dionísio Bahule (Moçambique).
Segundo o júri, “Adélia Prado é autora de uma obra muito original, que se estende ao longo de décadas, com destaque para a produção poética. Herdeira de Carlos Drummond de Andrade, o autor que a deu a conhecer e que sobre ela escreveu as conhecidas palavras “Adélia é lírica, bíblica, existencial, faz poesia como faz bom tempo…”, Adélia Prado é há longos anos uma voz inconfundível na literatura de língua portuguesa”.
Adélia Prado nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, em 1936. É licenciada em filosofia. Publicou os seus primeiros poemas em jornais de Divinópolis e de Belo Horizonte. A sua estreia individual só aconteceu em 1975, quando remeteu para Carlos Drummond de Andrade os originais de seus novos poemas. Impressionado com a sua escrita, enviou os poemas para a Editora Imago. Publicado com o nome "Bagagem", o livro de poemas chamou atenção da crítica pela originalidade e pelo estilo.
Em 1976, o livro foi lançado no Rio de Janeiro, com a presença de importantes personalidades como Carlos Drummond de Andrade, Affonso Romano de Sant'Anna, Clarice Lispector, entre outros.
Adélia Prado recebeu já os principais prémios brasileiros, tendo o último sido atribuído na semana passada pela Academis Brasileira de Letras.
O Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa.
Notícia DGLAB
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