Sinopse
No verão de 1757, o aventureiro Giacomo Casanova, que se evadira pouco antes da prisão dos Piombi, em Veneza, desembarca em Lisboa. O espetáculo das ruínas provocadas pelo terramoto ultrapassa tudo aquilo que ele podia imaginar. Durante seis semanas, Casanova faz os possíveis por entender os portugueses: como é possível que a vida dos habitantes da cidade se tenha acomodado a uma tal desorganização? Conhece o comerciante Ratton e o conde de S. Lourenço, o livreiro Reycend e o marquês de Alegrete, o poeta Correia Garção e a condessa de Pombeiro. E até se encontra com o misterioso marquês de X. Chega finalmente à fala com Sebastião José de Carvalho e Melo, ainda não Oeiras, ainda não Pombal, a quem tenta vender o projeto de uma lotaria real. Exaspera-se e diverte-se, seduz e perde ao jogo, e encontra tempo para escrever seis cartas a cinco personagens importantes da sua vida. «Rien ne pourra faire que je ne me sois amusé» é a divisa que o guia. Mesmo em Lisboa. Mesmo depois do Grande Terramoto.
O Autor
Escritor, gestor e jornalista, nasceu em Lisboa, em 1949. Foi jornalista no Expresso, RTP2, O Jornal e JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias. Fundou as revistas Ler e Oceanos. Chefiou a candidatura de Lisboa à Expo'98 e foi comissário executivo da exposição mundial. Foi presidente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa e da Atlântico, Pavilhão Multiusos. De 2006 a 2012,foi presidente da Fundação Centro Cultural de Belém. Tem cerca de três dezenas de títulos publicados, entre ficção, poesia, ensaio e crónica. Em 2002, recebeu o Grande Prémio Camilo Castelo Branco pela recolha de contos A expressão dos afectos. Traduziu livros de Annie Kriegel, Mishima, Cendrars, Stendhal, Unamuno e Perec. Na Sextante Editora publicou A blusa romena, Lisboa Song, Roma – Exercícios de reconhecimento e, mais recentemente, Macedo - Uma biografia da infâmia.
O dia em que a barriga rebentou
José Fanha
02 Março 2013
10:30h | 15:00h
SINOPSE: Pai Bisnau, mãe Bisnuca, filhos Bisnica e Bisneco, constituíam a terrível Família Bisnau que só vivia para almoçar. E lanchar. E jantar. E cear. E comer a todas as horas do dia.
Nem usavam talheres! Metiam as mãos, quer dizer, metiam as asas pelo tacho adentro e enchiam a boca de tudo o que conseguiam apanhar.
Todos os dias era o mesmo: grandes paneladas, muitos fritos e fritadas, chouriços e chourições, panelas e panelões com comidas gordurentas, batatas fritas e sumos, pastilhas, gomas e mais, tanto mais que já ninguém se espantou quando um dia a barriga do Bisneco rebentou!
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